História de Riba de Âncora
Aspectos Geográficos e Populacionais:
Riba de Âncora é uma freguesia do concelho de Caminha, com uma população de 723 habitantes, segundo dados estatísticos obtidos no Recenseamento Geral da População realizado em 2011.
Confinando a norte com Azevedo, a nascente com Gondar e Orbacém, a Sul com Freixieiro de Soutelo e Âncora e a poente com Vile, a extensa freguesia de Santa Maria de Riba de Âncora ocupa um território de 857 há, distando 12 km da sede concelhia.
No mapa ao lado vemos a localização de Riba de Âncora no Concelho de Caminha.
Padroeira:
A padroeira de Riba de Âncora é Nossa Senhora da Assunção, sendo comemorada a 15 de Agosto, Feriado nacional.
Tradições festivas:
Festa de Santo Amaro. Esta festa típica e genuína de Riba de Âncora, realiza-se todos os anos no domingo seguinte a 15 de Janeiro.
Festa de N. Senhora de Guadalupe. É a festa maior da Freguesia. Esta festa realiza-se no terceiro domingo depois da Páscoa.
Festa de S. Bartolomeu e Senhora da Boa Morte. Esta festa realiza-se no domingo seguinte a 24 de Agosto.
Festa de S. Miguel. Festa dedicada ao Santo padroeiro das colheitas, realiza-se no domingo seguinte a 29 de Setembro.
Aspectos Turísticos e Valores Patrimoniais:
São vários os locais de interesse turístico a visitar na freguesia de Riba de Âncora. Assim, temos:
- Museu da Memória, Artes e Ofícios de Riba de Âncora, situado no Largo do Espírito Santo, ocupa as instalações da antiga escola primária de Riba de Âncora, onde podemos encontrar uma diversidade de utensílios e ferramentas utilizados noutros tempos pelos artífices de Riba de Âncora.
- Capela da Senhora de Guadalupe, situada no Lugar do Medo.
- Capela de S. Bartolomeu, situada no Lugar da Ponte
- Capela do Espírito Santo, no Largo do Espírito Santo
- Capela de Santo Amaro, no monte de S.Amaro
- Capela de S. Miguel, no Lugar de Vila Verde.
- Capela da Senhora da Consolação (particular), no Lugar de Aldeia Nova.
- Igreja e Cruzeiro paroquial, localizados no lugar de Juía, no Largo da Igreja.
- Castro de Santo Amaro, localizado no monte de S. Amaro
- Caminhos Romanos da Picada, localizados no Lugar de Juía
- Moinhos de Apardal e Forno Comunitário, localizados no lugar de Vila Verde
- Eira de S. Bartolomeu, localizada no lugar da Ponte
Artesanato:
Outrora Riba de Âncora era terra de bons artesãos, nomeadamente, na arte da cestaria, do linho e bordados. Hoje em dia apenas resta a arte dos Palmitos e Artes Decorativas com flores, habilmente elaborados pela empresa Casa Sales, localizada no Lugar da Ponte.
Colectividades:
Fundada em 7 de Abril de 1983, a Associação ARA – Associação Cultural e Recreativa de Riba de Âncora e o Centro Paroquial e Social de Riba de Âncora, fundado em, são as únicas colectividades ainda em funcionamento em Riba de Âncora.
Origem:
A respeito da história desta freguesia, no livro "Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo" diz textualmente:
«Em 1125, D. Teresa confirma a doação feita pelo rei suevo, Teodomiro, no século VI, à Sé de Tui, de algumas freguesias de Entre Lima e Minho, entre as quais é mencionada Santa Maria de Vilar de Âncora.
Em 1156, é também referida na divisão dos benefícios do território português de Entre Lima e Minho, anteriormente pertencentes ao bispado de Tui, feita entre o bispo e o Cabido na cidade de Palência.
Nas Inquirições de 1258 esta freguesia figura no julgado de Caminha, embora o seu padroado pertencesse ao bispo de Tui.
Nas listas das igrejas de Entre Lima e Minho, mandada elaborar por D. Dinis em 1320, para pagamento de taxa ao rei, Riba de Âncora pagava 117 libras. Em 1321, segundo o Censual da Sé de Tui para o arcediagado da Vinha, ao qual pertencia Riba de Âncora, esta freguesia devia pagar ao cabido cerca de 20 alqueires de trigo, a dízima do vinho, uma libra decera e procuração.
A nova designação de Riba de Âncora aparece pela primeira vez no Censual de D. Diogo de Sousa (1514-1532).
O direito de padroado desta freguesia pertencia ao arcebispo, ao mosteiro de São Romão de Neiva e aos padroeiros.
Em 1641, segundo informam vários autores, as terras desta freguesia que foram senhorio dos marqueses de Vila Real, passaram para a coroa e, depois, para a Casa do Infantado, onde se conservaram até à sua extinção. Competia a esta Casa, que recebia os réditos, a apresentação do abade.
Em 1839, fazia parte da comarca de Monção, em 1852 da de Viana do Castelo e, em 1884, da de Caminha.»







